Pôster do filme “Criação” (Creation) - baseado no livro “Annie’s Box”, escrito por Randal Reynes, tataraneto de Charles Darwin, o criador da teoria da evolução.

domingo, 8 de julho de 2012

Egípcias protestam contra as agressões sexuais na Praça Tahrir

Mulheres se manifestaram no local, que já foi palco de muitos episódios de assédio e violência sexual contra egípcias e estrangeiras
As egípcias, cercadas de voluntários encarregados de sua segurança, fizeram uma manifestação na sexta-feira na Praça Tahrir, no Cairo, para denunciar as agressões sexuais que sofreram neste local que virou símbolo da revolução em 2011. "Queremos ser tratadas como cidadãs e não como fêmeas", reclamou Rasha Kamel, uma ginecologista de 38 anos e uma das organizadoras desta ação simbólica. Nas ruas da capital egípcia, o assédio às mulheres, cobertas ou não com o véu, com frases ou gestos obscenos, é um fenômeno recorrente.Durante a revolta de janeiro e fevereiro de 2011, várias egípcias, assim como jornalistas estrangeiras, foram vítimas de ofensas sexuais nessa praça. Em 11 de fevereiro de 2011, quando a multidão festejava a queda do presidente Hosni Mubarak, uma correspondente do canal americano CBS, Lara Logan, foi vítima de uma agressão com violência sem precedentes, quando entre 200 e 300 homens se lançaram sobre ela. Em novembro de 2011, uma jornalista do canal francês France 3, Caroline Sins, declarou à AFP que teve as roupas arrancadas e seu corpo apalpado. Em 2 de junho passado, uma jovem estrangeira denunciou à organização não-governamental Nazra que um grupo de homens a agarrou, tirou suas calças e a estupraram com os dedos. Poucos dias mais tarde, um grupo de mulheres se manifestavam contra o assédio sexual foi atacado, assim como uma estudante britânica de jornalismo, Natasha Smith, que afirmou ter sido vítima de agressão sexual. Para muitos observadores, a semelhança dos ataques e o fato de aconteceram no mesmo ponto na Praça Tahrir sugerem atos premeditados. Para Ahmed Niazy, um dos homens que participaram na marcha de sexta-feira, o regime - que, segundo ele, não caiu de verdade - utiliza a agressão sexual para reprimir a liberdade de expressão. Para eles, as mulheres constituem o setor mais frágil da sociedade e essa é a maneira que encontraram de pressionar. . http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5882910-EI17615,00-Egipcias+protestam+contra+as+agressoes+sexuais+na+Praca+Tahrir.html

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